E como prometido, aqui estou eu de novo – tentando fazer com que essa joça ainda exista! Começarei com os assuntos leves porque terminarei o blog hoje falando de coisa séria, então vamos lá:
Duas notícias sensacionais de celebridades desaparecidas – Kevin Federline (profissão: pai dos filhos da Britney Spears), apareceu um pouco fora de forma:
Nada de se estranhar… se eu ganhasse a pensão que ele ganha por cuidar das crianças, não trabalharia, não ligaria para as aparências e ainda sim seria pegador! Todos tem um propósito na vida, o de Kevin foi ter filhos com Britney – missão cumprida, agora é hora de sentar no sofá e assistir futebol comendo coisas bem gordurosas!
A outra pseudo celebridade não engordou.. mas está fazendo questão de tentar aparecer para voltar à mídia. Felipe Dylon… pois é, aquele carioca chato que achava que cantava, achava que tocava, achava que era engraçado, achava que era surfista e, de repente, desapareceu da televisão, fez grandes rastáfari (não sei como escreve isso, mas é aqueles cabelos estilo jamaicano). Ficou ridículo, mas nada que não poderia se esperar de alguém como Felipe Dylon. Não colocarei foto dele aqui porque não quero manchar meu blog, mas quem quiser conferir,
o link está aqui.
Mudando de assunto,
no Rio de Janeiro haverá mudanças no processo de tirar carta. Acho que vai melhorar. Agora a carta sairá minutos após o exame e a prova prática será no trânsito da cidade – diferente do que ocorria antes quando as provas eram realizadas em locais fechados para isso. Acho uma iniciativa bem válida, pois assim evita a angústia de não saber se foi aprovado ou não no exame – como ocorre no estado de SP. Lá você fará a prova e minutos depois saberá se foi aprovado ou não. Pode ser que aumente um pouco o esquema de “compras de carteiras”, mas pelo menos os honestos não terão mais que ficar na expectativa.
Fórmula 1: Galvão mais uma vez secou o Rubinho. No meio da transmissão ele disse que perguntou ao piloto: “e aí, vai com tudo?” - “vou com tudo e mais um pouco!”. E foi. Passou mais um pouco do que deveria e acertou o muro, agora é esperar o que acontecerá na corrida. E eu dúvido que o Rubinho ganhe o campeonato ainda. Corto o dedinho da minha vizinha se isso acontecer!
E o Caldeirão do Huck hoje. Tinha uma senhora – vó das participantes do “Lata velha” – que toda hora abraçava ao Luciano e agradecia a Jesus. Alguém avisou-a que o Luciano Huck é judeu? Ela queria que ele gostasse dela ou estava tentando afastá-lo?
Por fim, o assunto sério. É que fiquei instigado com uma propaganda que o MEC vem veiculando na televisão para incentivar a profissão de professor. No fim da propaganda aparecia a mensagem: “para maiores informações, visite o site do MEC”. Eu visitei.
Sabem o que encontrei? Nada. Pois é, não há nenhum programa novo para incentivo, a não ser a “plataforma Freire” – que é algo que em minha modesta opinião só serve para inflacionar o número de professores e sucatear o ensino, mas não estou aqui para explicá-la.
Pois bem, acho ridículo o governo fazer propagandas de incentivo à profissão mas não fazer nada para melhorá-la ou incentivá-la verdadeiramente. O salário de professor no Brasil é ridículo. As condições de trabalho de um professor no Brasil são ridículas. Para ilustrar um pouco isso, fiz uma breve pesquisa na internet e descobri uma pesquisa feita pela UNESCO que utiliza dados do ano de 1999 sobre o salário e algumas condições de professores de alguns lugares do mundo (mais especificamente, 38 países entre os desenvolvidos e em desenvolvimento).
Resultado: o professor de ensino primário (o que pela pesquisa equivale da 1ª a 6ª série do ensino fundamental) no Brasil ganha o terceiro menor salário dentre os 38 países. Só ganha da Indonésia e do Peru (isso porque eu não sabia que Indonésia e Peru eram países em desenvolvimento, mas estavam lá na pesquisa). O salário médio desse nível de professor no Brasil é de US$ 4.818, metade do que ganham os professores no Uruguai (US$ 9.842) e, pasmem, Argentina (US$ 9.857) – é, a Argentina, aquela que passou grande crise econômica no começo da década, que tem um PIB menor do que alguns estados do Brasil, os professores lá ganham o dobro que os daqui.
E as condições de trabalho? Na comparação entre 43 países desenvolvidos ou em desenvolvimento, no ensino primário, o Brasil tem a sexta maior média na relação alunos por professor. Em média, cada professor do ensino primário brasileiro tem 28,9 alunos. No ensino médio, a relação é a maior de todas, com cada professor tendo em média 38,6 alunos.
Pois bem, só quis colocar esses dados aqui para mostrar que não adianta o governo ficar fazendo propagandas dizendo que “o professor é quem forma um país” se ele não começar a tratar o professor como tal. Precisa-se de mais escolas, precisa-se de mais professores, precisa-se de maiores salários. A verdade crua é: medicina é o curso mais concorrido porque dá mais dinheiro; engenharia está entre os mais concorridos porque dá mais dinheiro; por outro lado, os cursos de licenciatura são menos concorridos porque dão menos dinheiro. Se o salário aumentar a disputa aumenta. Se a disputa aumentar apenas os melhores entram. Se os melhores entrarem a qualidade de ensino aumenta. É uma equação simples, o que falta é vontade.
E por hoje é só. Quem sobreviveu e leu até o fim, obrigado. Não tenho diploma, mas meu curso de licenciatura me reserva um futuro negro!
