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Saudade eterna – 50 anos de Renato Russo

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Ele não morreu. Pessoas como Renato não morrem. Simplesmente deixam de habitar esse mundo, pequeno para suas grandezas.
O programa “Altas Horas” da madrugada de domingo, 28/03 fez uma homenagem ao cantor. Pela primeira vez após 16 anos, Dado Villalobos e Marcelo Bonfá – os outros integrantes da Legião Urbana - tocaram juntos na TV. Da homenagem, idéia boa com apresentações duvidosas (caso principal do J Quest cantando Pais e Filhos), somente uma certeza – Renato é, realmente, insubstituível.
As letras eram as mesmas, o espírito e energia totalmente diferente. Entre nostalgia e tristeza, só podíamos pensar: que falta você faz, Renato.
A voz, peticidade e energia que só ele tinha. Um gênio. Simplesmente gênio, não há outra palavra que possa descreve-lo.
As letras de amor com a emoção profunda que só ele conseguiu nos passar, as letras de política e sociedade com a razão que só ele conseguiu demonstrar.
Renato não contou a história da Legião Urbana. Ele contou a história da legião de fãs. Em cada momento de qualquer brasileiro, com certeza há um trecho em alguma música do Legião. Nossa vida está escrita ali, por Renato, mesmo que essa não tenha sido sua intenção.
Renato é o homem que nos questionou sobre que país é esse e ao mesmo tempo nos disse que o sol voltaria amanhã. E em Renato, nós acreditamos. E esperaremos aqui, pacientemente...
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O grande circo

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Cinco dias e centenas de pessoas em frente a um fórum em São Paulo. O casal Nardoni é julgado. Faixas com pedidos de justiça sendo levantadas, gritos e algumas tentativas de agressão ao advogado de defesa do casal. Circo.
Palhaços que achavam fazer mágica.
Alguns queriam apenas aparecer na Sônia Abrão, outros se identificavam com o sofrimento da mãe. Mas ainda assim eu via um circo.
Pessoas reunidas em frente a um fórum para pedir justiça é ter tempo perdido. Estavam em frente ao local onde se faria a justiça – com ou sem eles. Sem julgar méritos, mas o casal Nardoni saindo de lá culpado ou inocente, a justiça teria sido feita. Afinal, pra isso foram chamados os jurados. Júri popular significa que pessoas são convocadas para representar a população. E julgar.
Pessoas em frente ao fórum gritando é baderna. Nada mais. Não precisava disso, definitivamente.
E porque tanta indignação de minha parte? Pelos protestos fora de hora. Vi uma velhinha que viajou da Bahia até São Paulo para ficar em frente ao fórum protestando. Mas não vejo ninguém saindo de São Paulo até Brasília (metade do caminho que a velhinha fez) protestando contra nossos políticos.
Alguns dizem que os protestos tinham a ver com a sensação de proximidade, a identificação com o sofrimento da mãe da menina. Mas será que ninguém percebe que deveríamos nos identificar com nosso dinheiro indo embora dos cofres públicos? E não é o problema de perder dinheiro. É perder vidas. Esse dinheiro que enriquece uns poderia ser usado para investir em saúde, por exemplo, e salvar muitas outras vidas.
A justiça foi feita no caso da menina Isabela – com ou sem manifestantes –, mas ela não voltará.
Vamos fazer manifestações agora que levem políticos a júris populares. Vamos fazer manifestações que ao menos acabem com a imunidade parlamentar. Enfim, vamos fazer manifestações em prol de vidas que podem ser salvas.
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Previsões para 2010

Começo de ano. Época de esquecer as promessas feitas no fim do ano passado. O ano novo começa e você está com raiva porque engordou e se endividou (mais um pouco) – o que é pior: endividou-se para engordar.
Este ano (primeiro post do ano), começarei com minhas previsões – e que lhes peço que se lembrem para cobrar meus acertos no ano que vem. Vamos lá:
O sertão não vai virar mar – a seca só vai piorar por lá.
O Lula não vai dar o golpe de estado e tentar nova eleição.
Não sei quanto a vocês, mas eu não estudarei mais nesse ano (prometi isso ano passado, mas já faz parte das promessas esquecidas).
O Irã não abrirá as portas do país para a inspeção da ONU e continuará dizendo que suas usinas nucleares têm fins pacíficos.
Os EUA não acreditarão nisso.
Hugo Chávez xingará o povo americano e ameaçará, durante um discurso de 8h numa TV estatal, de que esse império americano entrará em colapso logo.
Os EUA não acreditarão nisso.
Fidel Castro apoiará Chávez no tal discurso, dizendo que o caminho para o futuro são as “revoluções bolivarianas”.
Os EUA não acreditarão nisso.
Nesse mês de janeiro, as chuvas continuarão a alagar a cidade de São Paulo. É provável que isso aconteça em todos os meses em que haja chuvas.
O Corinthians ganhará a “Libertadores da América”.
Escrevi a linha acima, mas desta vez eu é que não acredito nisso.
Por sinal, o Ronaldo não jogará a copa. Após a copa, ele terá um problema com unha encravada e por isso se afastará dos campos por quatro meses. A imprensa questionará seu condicionamento físico.
O campeonato brasileiro terá muitos erros de arbitragem.
Em Brasília, um senador será investigado por quebra de decoro. Além disso, um deputado será visto recebendo dinheiro indevido. Após uma CPI, ninguém será condenado.
Por falar nisso, veremos pelo menos meia dúzia de pessoas ridículas que serão candidatos a deputado. É provável que algum cantor de forró (ou coisa parecida) ou atriz de filme pornô esteja nesse pacote.
A Dilma viajará com o Lula para tudo quanto é lugar. O Serra vai reclamar e dizer que o governo está negligenciando a campanha eleitoral.
O Arnaldo Jabor aparecerá no Jornal da Globo com um artigo/crônica sobre isso.
Os cientistas dirão que o aquecimento global está ainda pior – quem é de Rio Preto não precisará de cientista para comprovar isso.
Os EUA até acreditarão, mas não farão nada para mudar.
A partir do mês de setembro, outubro, Santa Catarina sofrerá problemas com muitas enchentes, fruto do aquecimento global.
Os EUA nem ligarão para isso.
Nos EUA, vários tufões passarão pelo país. Haverá alguns desabrigados. Obama viajará para o local e dirá que o governo dará todo o apoio necessário às vítimas.
Depois disso os EUA nem ligarão para isso.
Pois bem... essas são as minhas previsões para esse ano. Guarde-as com carinho e em 2011 vamos compará-las.
Não tenho diploma... mas a Mãe Dinah também não!
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Sobre as religiões

Outro dia estive pensando: por que os judeus são tão perseguidos, historicamente? Holocausto, Irãnianos (na verdade, todo o oriente médio), católicos em geral (vide Papa Pio XII, que viu os fascistas levarem judeus para campos de concentração e nada fez… e será canonizado). A resposta interna que obtive: isso não faz sentido algum. Entretanto, tal pensamento me fez pensar em vários pontos sobre religião, então de pensamento em pensamento, vou transmiti-los por aqui. Começando pelos judeus.
Do ponto de vista religioso, os judeus são fundamentais na história. Só há cristianismo pelos judeus. Eles negaram a existência de seu Messias (Jesus) e o colocaram na cruz. Jesus só se tornou um mártir pela descrença dos judeus. Em outras palavras: será que se Jesus tivesse sido amplamente aceito na época, teria virado o que virou? Ainda mais longe: se Jesus tivesse morrido de velhice, teria ressucitado no terceiro dia? O que eu imagino é: não. Jesus é o que é por se um mártir.
Longe de levantar, aqui, questões ideológicas, se Jesus tinha ou não certos poderes, se era ou não o Messias. Vamos analisar a história de um homem que queria fazer o bem. Ponto final. Vou me libertar das questões religiosas. Vamos nos analisar:
Os judeus tinham motivos para desacreditar de Jesus? Minha resposta é: tinham. Por que? É só analisar as crenças de hoje. Quando vemos Inri Cristo na TV, achamos que é um louco. Pois qual a diferença entre nós acharmos quem se proclama Cristo hoje como louco e brigarmos com os judeus por terem achado Jesus louco?
É uma contrariedade muito grande: acreditamos que o Messias já existiu, mas não acreditamos que está entre nós. Mas, se acreditamos que isso aconteceu, não seria mais fácil acreditar que pode acontecer novamente? Imagine os judeus que se depararam com uma situação inédita. (antes de mais nada, esclareço: não acredito no Inri Cristo)
Aliás, as pessoas se baseiam muito em livrinhos sagrados escritos por humanos (bíblia, al coorão, etc). Não faz sentido. Livros que podem ter histórias bonitas, mas que não devem ser tomados por verdade. Muitas vezes, são livros “manipulados” de forma a conseguir agregar mais pessoas. Por que a bíblia tem escritos banidos (os chamados apócrifos)? Por que não podemos ler qual a versão de Judas na história? Segundo seu apócrifo, ele confirma minha tese: Jesus precisava ser mártir e precisava de alguém para traí-lo. Ainda, segundo Judas, seu amor por Jesus era tanto que ele foi o único apóstulo que conseguiu elevar seu amor ao grau máximo e levar a história adiante.
Minha versão: sem Judas também não haveria cristianismo. Já são dois pontos importantes: os judeus e Judas… (aliás… estranho a aparência desses nomes… mas enfim, prossigamos).
Mais uma coisa: Pedro nega Cristo e depois funda uma igreja? É um começo bem covarde… alta politicagem católica desde o início.
E chego ao ponto onde queria chegar: as religiões em geral – as igrejas e/ou templos. Acho que esse é o mal humano. Uma religião querendo mostrar que é melhor que a outra. Uma querendo mostrar que é dona da verdade. Cada uma seguindo seu próprio livrinho sagrado escrito por humanos. Talvez por isso o mundo ande tão revolto: quando rezamos, há muitos intermediários. O padre/rabino/mufti; os santos; Jesus/Maomé; Deus/Alá/Deuses hindus. Até chegar a Deus, há um caminho longo a ser percorrido. Parece um telefone sem fio: você vai à igreja, assiste uma cerimônia arbitrária e tem uns 3 minutos de oração livre. Aí faz o seu pedido (que tem que ser na igreja/templo/mesquita, por que é lá que é a casa de Deus), o seu pedido passa por todo o caminho que descrevi até chegar a Deus… mas cada intermediário acrescenta uma coisa: você pede paz e o pedido chega lá como “deixa como está”.
Concluindo: devemos diminuir os intermediários de nossa fé. Acreditar que nós conseguimos, internamente, a comunicação necessária. Não há diferença alguma entre nós e os líderes religiosos, todos são humanos. Devemos parar de nos pautar em livrinhos, ditos sagrados. As medidas que tornaram estes livros como sagrados foram totalmente arbitrárias. Se a história tivesse sido um pouco diferente, poderíamos idolatrar, hoje, “Viagem ao centro da terra”, de Julio Verne. Devemos ler estes livros simplesmente como bons exemplos, não como donos da verdade.
A verdade é única: não existe verdade. Não em um mundo tão grande e tão diversificado. Em geral, todas as religiões acreditam em algo parecido como lugar bom ou lugar ruim para onde vão as almas (as vezes o lugar ruim pode ser trocado por reencarnações, carmas, etc). O que levará algo a ser bom ou ruim é o bom senso – não será seguindo cegamente certos livros que fará isso. Fosse isso, os orientais que não tiveram contato com a história Cristã estariam condenados e os ocidentais que não tiveram contato com os Deuses shintoístas também.
Sendo assim, ou aceitamos que não existe verdade – pelo menos no ponto de vista religioso –, ou aceitamos que estamos propensos a ser punidos, caso não tenhamos elegido para nós a religião certa. Fico com a primeira opção.
Por hoje é só. Não tenho diploma nem de jornalismo nem de teologia, por isso, se quiserem, não acreditem em nada do que disse.
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COP 15 – O JOGO DE INTERESSES

Copenhaguem será palco, na primeira quinzena de dezembro, da chamada COP 15 (15ª Conferência das Partes – ONU), grupo que realiza estudos acerca dos problemas ambientais do mundo – mais especificamente, os problemas reacionados à emissão de gases na atmosfera e o consequente aquecimento global. Ao mesmo tempo, ocorrerá também a segunda fase do tratado de Kyoto.
Em jogo, na Dinamarca, diferentes interesses. Para começar, há a disputa entre países em desenvolvimento e países desenvolvidos. Karen Suassuna, analista de programa de conservação do WWF-Brasil explica: "“Os países desenvolvidos querem que as nações em desenvolvimento reduzam suas emissões, mas não estão dispostos a colocar dinheiro nisso. Já estes estão dispostos a reduzir suas emissões desde que tenham um suporte financeiro e tecnológico” – ou seja, temos aqui um loop infinito; no linguajar do jogo, temos um gol a gol: o goleiro dos países desenvolvidos joga a bola para o goleiro dos países em desenvolvimento e vice-versa; ninguém sai ganhando.
Além disso, os países em desenvolvimento defendem a proposta de “redução de emissão proporcional”. Eles defendem que os países desenvolvidos já poluiram mais e por mais tempo, por isso devem arcar com a maior parte dos problemas. Assim, os países desenvolvidos deveriam reduzir mais em menor tempo que os países em desenvolvimento. Há de se pensar que esse é um jogo perigosissimo se pensarmos que em 50 anos as nações em desenvolvimento podem tornar-se desenvolvidas e termos novos países em desenvolvimento poluindo, jogando dessa mesma forma que jogam hoje. Nessa partida, um dos dois times terá que ser altruísta e entregar o jogo.
Como dito, nesse mesmo período de tempo e local, há a segunda parte do tratado de Kyoto. Em jogo aqui, a postura do presidente Obama. Ele pode jogar de atacante, assinar o tratado e sair como herói da partida ou jogar na defesa, como George Bush. Há de se lembrar que entra em jogo também a credibilidade do presidente americano, já que grande parte de sua campanha estava pautada nos problemas ambientais, agora é a hora de testar a veracidade de seus argumentos.
Já o Brasil – que joga pelo time dos países em desenvolvimento – aparece com “metas ousadas”. Entre aspas porque a tarefa do Brasil deveria ter começado há muito tempo. O ministro Carlos Minc diz que o Brasil levará à COP 15 uma proposta de redução de emissão de gases em 40% e redução do desmatamento na Amazônia em 80%, até 2020. O que parece ser algo tão ousado na verdade é plausível: 70% da nossa liberação de carbono na atmosfera vem das queimadas de florestas. Ou seja, reduzir o desmatamento é igual a reduzir a emissão de gases.
Há nisso duas contradições: com o último apagão, começou a surgir boatos de que o Brasil abriria licitação para novas termoelétricas – o que significa um retrocesso para um país que quer emitir menos carbono. A segunda contradição é que ninguém faz nada gratuitamente no mundo, e o Brasil gostaria de ajuda financeira para evitar esse desmatamento (já que entra no imbróglio de que países desenvolvidos tem que auxiliar financeiramente e com tecnologias a redução de emissão dos países em desenvolvimento). O que isso significa? É provável que haja algum pedido para que a Amazônia seja “internacionalizada” algo que o Brasil luta contra há muito tempo.
Com todo esse jogo posto em prova, resta-nos apenas ficar aqui, na torcida. Enquanto isso eu fico aqui, na medida do possível, no meio campo – distribuindo o jogo para vocês.

Para entender mais:
http://www.mudancasclimaticas.andi.org.br/node/1028?page=0,0
http://www.mudancasclimaticas.andi.org.br/node/1028?page=0,1
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/cop-15-o-que-e-conferencia-partes-copenhague-499684.shtml?func=1&pag=2&fnt=9pt
 http://tecnozilla.info/eco/brasil-com-proposta-ousada-para-o-cop-15/
 http://www.ecodesenvolvimento.org.br/noticias/cop-15-deve-decidir-um-novo-acordo-sobre-o-clima
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